quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Anarquia, Anarquia




Anarquia, Anarquia
Dama da Liberdade
Por ti se erguia
A bandeira da Igualdade


És a Justiça que não falha
Ouçai todo aquele que lavra
Aprende, trabalha e batalha
Pois a mim peço a palavra


Nossa história começa
Como todas que ouviste
A um passado distante regressa
Mas até hoje persiste

Era o Homem pois
Um simples animal
Mas dia antes e dia depois
Era assolado pelo Mal

Vivendo na caverna
Escondido o Homem era
Pois fora de sua casa terna
Habitava besta fera

Mas uma não bastava
Então duas la estavam
Onde uma ia, a outra acompanha
Nunca sós, juntas reinavam

Uma era o Medo
Que nunca se passa
Portanto todo dia logo cedo
Ao Homem saia a caça

Sua irmã a Ignorância
Junto a caminhar
Pois grande era sua ânsia
Do Homem atormentar

Pobre Homem, só a lutar
Enquanto o Mal rondava
Pobre Homem, incapaz de sonhar
Enquanto o Mal esperava

Vez ou outra ousava
De seu abrigo fugir
Mas tão logo voltava
Ao ver o mal surgir

Enfim um dia o homem achou
Um ovo sem mãe nem pai
À caverna o levou
Para ver o que dali sai

Não é que dali nasce
Uma Hidra de tres cabeças
E alimentada ela logo cresce
Maior que as duas bestas?

E a ambas sai a caça
O monstro adotado
Pois elas ele ultrapassa
Sorte do Homem amado

Quanta mentira, ora essa
Pois mil vezes pior a tal
Iludiu o Homem nessa
Que não entendeu o novo mal

As antigas bestas derrotadas
Uma nova emergia
Mais cruel que as derrubadas
Abominação que surgia

De joelhos o Homem colocou
Arrogante ela era
Como deus se coroou
Maldita besta fera!

As três cabeças a rir
Seus olhos a brilhar
Nunca o Homem sorrir
Enquanto a criatura reinar

Das Três a da Direita
Uma horda a formar
Com força ela ajeita
Para inimigos esmagar

Ó monstro cruel
Sob teu punho juntas uma nação
Ó monstro fiel
Com uma bandeira enganas a multidão!

Prometes Ordem
Sob tua vigilância
Mas com desordem
Revela tua arrogância!

Leviathan
Fera da Violência!
Leviathan
Que destrói a inocência!

Das Três a da Esquerda
Mentirosa dentre elas
Ilude a todos com perda
Mas definha tudo que relas

Fanatismo maldito
Blasfemias profere
Em nome do Divino dito
A seus iludidos ela fere

Pois Ilusão é o que revelará
Demiurgo cego e farsante
Quando a Sabedoria virá
Nos livrar da mentira cegante?

Samael
Fera que Mente!
Samael
Que destrói a Mente!

Das Três a do Meio
Fria e calculista
Ela não conhece freio
Que o Homem resista!

Ela conhece seus segredos
Ouro e Prata oferece
Ela conhece seus medos
Propriedade, eis sua prece!

Deus corrompido
Uns são, outros não
Por que vendes o esculpido
Enquanto outros vivem sem pão?

Mamon
Fera das Riquezas
Mamon
Malditas suas surprezas!

Ó pobre Homem
Quando enfim escaparás?
Ó pobre Homem
Quando enfim viverás?

Anarquia, Anarquia
Dama da Liberdade
Por ti se erguia
A bandeira da Igualdade

Um comentário:

  1. Saudações camarada

    Ando acompanhando seu blog a algum tempo...

    Essa poesia é de autoria sua?

    Gostei dela, tenho um blog para divulgação de poesias libertárias, o anarquia e poesia
    http://anarquiaepoesia.blogspot.com/

    Estou pensando em publicá-la lá daqui a algumas semanas, essa da imagem, a do José Oiticica tbm é boa eu já conhecia ela, mas nunca tinha visto assim no original. Tem algumas do José Oiticica lá tbm.

    Abraço libertário!

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